sábado, 30 de maio de 2009

Juliane Iomery

Escola de Dança e Teatro em João Pessoa - PB








Mapa de João Pessoa, PB

Mapa do bairro Cidade dos Colibris

Localização do terreno

Usos do entorno

Diagrama funcional
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Definição do partido arquitetônico
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A primeira proposta para Escola de Dança e Teatro foi elaborada de modo que houvesse o melhor aproveitamento do terreno e da ventilação sudeste, alinhando o edifício com sua frente principal (Av. Hilton Souto Maior).
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A distribuição dos ambientes foi feita em dois blocos, com o objetivo de integrar o meio externo e interno, como também, de ocorrer essa integração nos ambientes restritos da escola através do pátio central.
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Implantação e Zoneamento - proposta 01

Partido volumétrico - 01
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Posteriormente, foi elaborada uma segunda proposta, com o objetivo de aumentar o aproveitamento da ventilação, formando um ângulo de 130º entre os blocos, modificando também a forma do auditório, para que esse fosse inserido no volume principal (prisma retangular) de forma contínua e mais discreta .
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O programa de necessidades foi distribuído em dois blocos, sendo térreo e primeiro pavimento. No térreo temos o setor administrativo, apoio pedagógico, área de serviço, o grande foyer na entrada principal, auditório e área social.
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O primeiro pavimento foi destinado à área de ensino, onde estão localizadas as salas de aulas práticas e teóricas, vestiários e estar. Na área externa, encontra-se o anfiteatro, estacionamento e área de carga e descarga
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Implantação e Zoneamento - proposta 02

Partido volumétrico - 02
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Anteprojeto
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Implantação Uma das principais preocupações na elaboração da proposta foi o de inserir o edifício escolar no terreno, de forma que sua plástica se vinculasse ao meio externo, oferecendo um espaço físico aberto e interativo.
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Os blocos da escola possuem angulação de 130º entre eles, o que facilita a ventilação predominante (sudeste), além da criação do pátio interno. São interligados por uma passarela, por onde se dá a circulação vertical por meio de rampa e escada.
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A forma do auditório traz dinamismo à edificação, devido sua forma e cor, destacando-se em meio ao volume prismático predominante, sendo posicionado de forma que não interfira na ventilação dos ambientes.
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Posteriormente as vagas de estacionamento foram distribuídas, permitindo que o acesso de veículos ocorra na via secundária Henrique da Costa Machado, para que não ocorra conflito no trânsito da via principal. Somam um total de 32 vagas, sendo uma para P.N.E. (Portadores de Necessidades Especiais), mais quatro vagas para moto e dois bicicletários, um localizado próximo à área de serviço e outro próximo da entrada principal.
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Na área externa, além do estacionamento, encontra-se o anfiteatro com disponibilidade para 200 pessoas sentadas e o foyer, que é a principal área de transição entre os ambientes da escola e o meio externo. O acesso principal é feito pela via Hilton Souto Maior, onde existe uma parada de ônibus, diminuindo assim o percurso dos pedestres. Os acessos para o anfiteatro e auditório estão posicionados de maneira que possam ser utilizados sem interferir nos ambientes restritos da escola.
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A vegetação existe em toda extensão do terreno e próxima do edifício, para amenizar o efeito das cargas térmicas incidentes, como também reforçar a relação do edifício com a natureza.
Planta pavimento térreo
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Pavimento Térreo
O térreo possui quatro setores da Escola de Dança e Teatro, sendo eles o setor administrativo, setor social, apoio pedagógico e área de serviço. Na entrada principal existe um grande foyer, que interliga o pátio interno e a área externa e dá acesso aos ambientes administrativos, bem como para a recepção, estar, lavabos e a loja de materiais a serem utilizados nas aulas práticas. Através do foyer também se dá o acesso às salas de aula através da circulação vertical.
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Na área administrativa existe uma circulação interna, permitindo acesso aos ambientes vinculados a este setor e ainda à enfermaria. O apoio pedagógico é composto pela biblioteca, sala de informática e enfermaria, dispostos um ao lado do outro e com ligação direta ao pátio interno. . Além do foyer, o setor social abrange o pátio interno coberto, o pátio descoberto e a área da cantina, sendo esses ambientes contínuos para proporcionar uma área mais abrangente.
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Temos ainda no térreo a área de serviço com dois acessos, um voltado diretamente pela circulação do pátio interno e outro através do acesso de veículos. Esse setor possui depósitos, vestiários e estar de funcionários, copa, área de serviço e doca.
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Os ambientes que estão voltados para o poente, foram protegidos por beirais resultantes do balanço de dois metros e meio do pavimento superior.
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O auditório também se encontra no térreo, sendo composto por foyer social exclusivo, duas baterias de banheiros (masculino e feminino), foyer de serviço, dois camarins, sala de som e iluminação, além do palco e da platéia para 150 lugares.
Planta pavimento superior
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Pavimento Superior
O pavimento superior é dedicado exclusivamente para área de ensino, com salas de aulas práticas e teóricas, além de vestiários e dois terraços. O bloco possui duas áreas de estar nas extremidades, proporcionando a ligação do interior do prédio com o exterior e circulações internas voltadas ao pátio central.
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As salas de aulas práticas que se situam ao poente possuem a proteção de brises metálicos. Todos os ambientes dedicados às aulas, seja prática ou teórica, possuem aberturas multilaterais nas paredes de face oposta, facilitando a entrada e saída de ar.
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Existem ainda quatro baterias de vestiários, sendo dois femininos e dois masculinos, dois situados próximos ás salas de aula teórica e outros dois às salas de aula prática.

Estudo de massa
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Circulação Vertical
Entre os blocos do edifício e a circulação vertical existe uma passarela que os interliga, feita de estrutura metálica, utilizada por não obstruir a ventilação, nem a visão interna ou externa do equipamento. A escola possui duas escadas e uma rampa que fazem a transição de um pavimento para o outro em ambientes distintos.
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A escada localizada no foyer é feita em concreto pré-moldado, escolhido por apresentar resistência e durabilidade, que são características compatíveis ao tipo de edificação proposta.

Estudo de massa

Estudo de massa
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Fachadas
Para a fachada oeste utilizou-se da cor branca, contrastando com os brises metálicos de proteção para as aberturas. As paredes externas do térreo foram revestidas com pedra arenito lixado cor bege, 0.90 x 0.15m e o auditório possui pintura em tinta coral plus, cor vermelho oriente.
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O painel metálico da fachada leste percorre todo o volume superior, com espaçamento de 50,00 cm da parede. As paredes externas também revestidas com a pedra supracitada.
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A parede externa do auditório possui cor vermelha, distinguindo-se das tonalidades neutras dos blocos do edifício.
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O piso interno é feito em concreto lapidado de 1.00 x 1.00m, com exceção dos pisos das salas de aulas práticas que são feitos em assoalho de madeira de 0.15 x 2.00 x 0.02 m.
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Estudo de massa

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Estrutura
A estrutura utilizada será em concreto armado, com modulação dos pilares de 7,70m x 7,00 m no bloco principal e 9,00m x 6,00m no bloco posterior, com laje nervurada. Temos também a utilização da viga vierendel nos balanços de dez metros do bloco principal, que compõem os terraços.
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Ficha técnica
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Trabalho Final de Graduação
Instituição: Unipê
Ano: 2008
Orientador: Oliveira Júnior
Imagens 3D: Rodrigo Rathge

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Alexis Vinícius

Residência em Camaçari - BA













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Trata-se de uma residência projetada visando a utilização de materiais alternativos e de pouca energia incorporada, oferecendo uma resposta de que arquitetura pode ser uma aliada da natureza, trazendo o ser humano de volta ao aconchego do lar com os mais simples materiais. Bambus, pinus, eucalipto, reboco com pigmentação em óxido de ferro e paredes pintadas de cimento garantem o caráter ecológico da casa. Outros sistemas como aproveitamento de águas cinzas além do aquecimento solar dão indícios de que a arquitetura implementada conquista o mercado imobiliário cada vez mais exigente.
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Ficha técnica
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Arquitetura: Alexis Vinícius
Local: Condomínio Busca Ville, Camaçari/BA
Data do projeto: 2006
Data da conclusão da obra: 2007
Área do Terreno: 1.175 M2
Área Construída: 390 m²
Web: www.alexisvinicius.com.br
e-mail: alexis@svn.com.br

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Acústica

RESTAURANTES - Barulho indigesto
Otávio Canecchio


Galeto's do Iguatemi: burburinho na praça de alimentação

Fonte: Heudes Regis (Vejinha on-line)
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A acústica do restaurante é tão importante quanto a qualidade da comida durante um almoço de negócios. Um local barulhento – onde se ouve um falatório ensurdecedor, a música é alta e o som dos pratos e talheres ecoa pelo salão – pode transformar qualquer reunião numa gritaria sem fim. Veja São Paulo convidou o arquiteto Roberto Saruê, especialista em ruídos urbanos, para medir a poluição sonora em dez restaurantes na hora do almoço. O resultado do teste é surpreendente. Em todos, os níveis de barulho ficaram acima do determinado pela legislação (veja quadro acima). "Para manter o conforto acústico, a lei recomenda que o ambiente tenha no máximo 55 decibéis", explica Saruê, que utilizou um equipamento digital para fazer a medição.
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Fonte: Vejinha on-line
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Salão cheio no Esplanada Grill: plantas ajudam a absorver o som
Fonte: Renato Chaui (Vejinha on-line)
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Dos estabelecimentos avaliados, o Gero, da grife Fasano, registrou o melhor índice: 60,7 decibéis. Foi um dos poucos que revelaram alguma preocupação com o isolamento acústico. Os concorridos Rodeio, Hampton, Esplanada Grill e Baby Beef Rubaiyat, todos na região dos Jardins ou do Itaim Bibi e muito procurados para almoços de negócios, mostraram-se mais agitados. Ficaram na faixa de 65 a 70 decibéis. Segundo Saruê, o descuido com a acústica ocorre geralmente durante a elaboração do projeto arquitetônico do restaurante. "Existe um abuso de materiais como vidro, espelho e mármore, que reverberam o som de volta para o salão", afirma. O especialista explica que pé-direito alto, paredes de tijolinhos aparentes e teto forrado com lã de madeira tornam os locais mais silenciosos. "Essas características fazem com que os ruídos sejam absorvidos", diz. Outros recursos mais simples, como revestir as cadeiras com tecido, colocar espumas embaixo dos pratos e espalhar alguns vasos com plantas, também colaboram para que os clientes tenham paz entre as garfadas. A música ambiente tem de passar quase despercebida.


O Gero da Haddock Lobo: o melhor índice entre os restaurantes testados
Heudes Regis (Vejinha on-line)
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O consultor de negócios Cezar Taurion enfrentou, recentemente, uma saia-justa durante um almoço com um cliente. "Não conseguia ouvi-lo por causa de uma festa de aniversário que estava acontecendo no lugar", lembra Taurion. Ele foi obrigado a interromper a refeição e levar o convidado para o restaurante vizinho. "Não era tão bom, mas pelo menos estava bem mais sossegado", conta. Quem procura privacidade precisa evitar sobretudo shopping centers, bufês e cantinas. Nesses lugares foram registrados os índices de ruído mais altos durante a medição. No primeiro caso, o agito da praça de alimentação e das lojas contribuiu para elevar o barulho na filial do Galeto's no Shopping Iguatemi. Foi o recordista do teste. Lá, o aparelho registrou a média de 77,4 decibéis – em termos de comparação, um helicóptero em pleno vôo atinge 95 decibéis. Mesmo o Ráscal, no Pátio Higienópolis, que fica em um espaço mais reservado, tem problemas. Como o sistema é de bufê, os clientes levantam-se a toda hora para se servir. O burburinho do lugar alcança 68,7 decibéis. Já na tradicional Lellis Trattoria, nos Jardins, a proximidade das mesas, o teto baixo e o som que vaza da cozinha deixam a casa com a média de 74,7 decibéis. "O meu restaurante é realmente barulhento, mas esse clima festivo faz parte da atmosfera de uma cantina", justifica o proprietário, João Lellis. Pode até ser uma boa opção, mas só para os dias de folga.
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Fonte: (Vejinha on-line)

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domingo, 24 de maio de 2009

Antonio Cláudio Massa & Ernani Henrique Júnior

Condomínio Residencial Vertical em Miramar


Fachada Leste
Fonte: Reginaldo Marinho
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Ficha técnica
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Arquitetura: Antoniuo Cláudio Massa e Ernani Henrique Júnior
Local: Miramar, João Pessoa-PB
Imagens: Oliveira Júnior




Edson Mahfuz

UM MILHÃO DE CASAS! E A QUALIDADE?
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Recentemente nosso presidente anunciou a construção de um milhão de habitações e acompanhou essa medida com a redução de preço de vários materiais e componentes utilizados na construção civil.Sem dúvida, excelentes medidas.
No entanto, após ler e ouvir muito sobre o assunto, e de vê-lo sendo aproveitado como plataforma eleitoral por uns e outros, fiquei preocupado com dois aspectos do problema.
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O primeiro é a rapidez com que pensam ser possível construir tantas habitações. Projetos de conjuntos habitacionais − que incluem uma série de outros equipamentos além das moradias − não podem ser feitos em menos de seis meses. Some-se a isso alguns meses para a licitação da obra e pelo menos um ano para a construção e temos um prazo mínimo de dois anos, o que não é nada na escala de tempo de uma cidade mas certamente um tempo longo demais do ponto de vista da eleição do sucessor do nosso presidente...
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O segundo problema é que, em nenhum momento, foi mencionada alguma preocupação com a qualidade das novas moradias. Nosso governo parece achar que é suficiente dar um teto para os menos favorecidos e tudo estará resolvido. Se esquecem de que é exatamente aí – onde as unidades são de tamanho mínimo – que se precisa mais qualidade.
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Num projeto de habitação social é fundamental tirar o máximo uso de cada metro quadrado interior, assim como é fundamental projetar espaços abertos de boa qualidade e dotar o conjunto de equipamentos de uso coletivo (escola, quadras esportivas, creche, locais de trabalho, etc).
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A própria Caixa Federal − agência financiadora da maioria das habitações de interesse social −tem realizado desde 2004 concursos com a finalidade de “trazer boas ideias para a área da habitação social”. Isso é um reconhecimento oficial de que o nível de qualidade da habitação de interesse social é muito baixo.
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No entanto, a Caixa premia vários projetos a cada dois anos e não faz nada com eles a não ser depositá-los em alguma gaveta de Brasília.Enquanto no exterior se faz centenas de concursos para habitação de interesse social e se os constrói, no Brasil – onde há uma aguda necessidade de qualidade nesse setor – o órgão responsável se dá ao luxo de realizar concursos que levam a nada.
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Se chegarem mesmo a construir esse milhão de moradias, temo que a qualidade vai ser muito baixa, como de costume. Mais um caso em que se pensa que quantidade é suficiente.
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sábado, 23 de maio de 2009

Isay Weinfeld

Edifício 360º















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Ficha técnica
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Projeto de Arquitetura: Isay Weinfeld
Projeto de Paisagismo: Isabel Duprat
Localização: Rua Camburiú 651 - Alto de Pinheiros
Cidade: São Paulo
Área do Terreno: 2797,63
N°. de Pavimentos: 22
Unidades por andar: 2, 3 e 4 apartamentos por andar
Total de Unidades: 62

domingo, 17 de maio de 2009

Condomínio residencial à beira mar




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O empreendimento consiste em um condomínio horizontal num terreno à beira mar da Praia do Cabo Branco, em João Pessoa, Paraíba. Trata-se de um conjunto de residências de médio padrão para alugar. O terreno com 24m de largura por 100m de profundidade oferecia duas possibilidades de implantação: voltar o acesso das residências para as laterais, colando os fundos das edificações e gerando duas ruas de acesso, ou abrir uma rua central única e voltando os fundos das residências para as laterais.
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A nossa opção foi pela segunda alternativa baseou-se no fato de que uma avenida central proporcionaria uma maior integração social entre os residentes e maximizaria a área destinada a construção. O aspecto menos favorável se deu pelo fato das residências se posicionarem frente a frente possibilitando um maior contato visual entre os espaços interiores das mesmas. Para garantir a privacidade e a individualidade do setor íntimo as varandas dos quartos, posicionados no andar superior, receberam empenas que impedem o contato visual direto entre os vizinhos de frente e conduz o olhar do morador na direção do mar e dos ventos predominantes.

O conjunto arquitetônico foi composto por duas tipologias distintas: uma sequência de residências geminadas com dois quartos distribuídas ao longo do terreno e voltadas para a rua central; e duas residências isoladas com três quartos, na frente do terreno, voltadas diretamente para o mar.
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A racionalidade construtiva e a utilização de materiais mais resistentes e de fácil manutenção proporcionam a durabilidade e a praticidade necessárias à obra voltada para um cliente efêmero e de rotatividade previsível.
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Ficha técnica
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Arquitetura: Oliveira Júnior
Estagiários: Ana Luíza Azêvedo, Lívia Loureiro e Gustavo Gueiros
Maquete: Ana Luiza Azêvedo e Rodrigo Rathge
Renderização: Rodrigo Rathge
Local: Praia do Cabo Branco, João Pessoa - PB
Projeto: 2009