quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Chuvas no Rio - Vale doará até 50 mil

Participe da campanha no twitter

 

 
A Vale traz mais uma iniciativa para você ajudar as vítimas da Região Serrana por meio das redes sociais. Basta acessar o link: http://twitter.com/VALE_solidaria e fazer um retweet da mensagem.
Além do compromisso de doar R$ 2 a cada R$ 1 depositado na conta da Fundação Vale, a cada retweet direto a Vale doará mais R$1 para essa campanha.
Para participar da campanha, os retweets devem obedecer ao seguinte regulamento. 
  
1) Somente serão considerados válidos os retweets provenientes do Tweet original da conta @VALE_solidaria.

2) Somente serão considerados válidos os retweets que mantiverem o texto original na íntegra, incluindo a hashtag #AJUDE. 

3) Não serão aceitos textos complementares no retweet. O texto deve ser o original postado. 

4) O teto máximo para doação será de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) o que corresponde a 50 mil retweets únicos. 

5) Somente será aceito 1 retweet por conta ativa do Twitter. 

6) Só serão considerados válidos os retweets enviados durante o período de vigência da ação, que vai até 31/01/2011. 

7) Os retweets serão auditados por uma empresa parceira nesta ação, especializada em redes sociais, através do software Rowfeeder. 

8) Por se tratar de uma ação de caráter humanitário e sem fins lucrativos, a Vale se guarda ao direito de não divulgar dados ou informações financeiras que não tratem exclusivamente dos valores referentes às doações vinculadas aos retweets.

Poder público de SP muda paradigmas

Governo paulista proíbe a contratação de projetos de engenharia e arquitetura pelo menor preço 
Instituto de Engenharia  

Critérios como menor preço ou pregão estão proibidos de ser adotados para a contratação de serviços de arquitetura e engenharia pelo poder público do estado de São Paulo.

É o que determina o Decreto nº 56.565, publicado no Diário Oficial estadual do dia 24 de dezembro de 2010.



De acordo com a medida adotada pelo ex-governador Alberto Goldman, serviços de engenharia e arquitetura são de natureza técnica, por isso não podem ser aprovados ou contratados pelo menor preço ou pregão.

A decisão - primeira do gênero no País - deverá estabelecer um novo padrão de qualidade para obras e empreendimentos no estado.

Esta conquista deve-se ao empenho do engenheiro José Roberto Bernasconi que, de longa data, vem pleiteando esta mudança para a contratação de serviços de arquitetura e engenharia.

Bernasconi é o atual presidente do Sinaenco-SP (Sindicato da Arquitetura e Engenharia), foi presidente do Instituto de Engenharia entre os anos de 1985 e 1988 e foi eleito Eminente Engenheiro do Ano 2010

Clique aqui e leia a íntegra do decreto. 

Fonte: www.ie.org.br

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

PB discute tabela e a transição para o CAU

Nesta última segunda feira, 17, o IAB-PB, o SINDARQ-PB e a Cãma de Arquitetura do CREA-PB receberam um grupo de arquitetos paraibanos para prestar alguns esclarecimentos sobre o CAU e dar continuidade ao processo de elaboração de uma tabela de honorários local.

Durante a reunião foi informado aos presentes que a previsão da transição para o CAU é de três meses a um ano, sendo o último prazo o mais provável de ocorrer. A coordenação desta mudança ficará a cargo da Câmara Especializada de Arquitetura do CREA-PB e contará com o apoio direto das demais entidades locais de representação profissional, como o IAB-PB, o SINDARQ-PB. É importante ressaltar que a tarefa é titânica e que  é imprescindível o apoio de todos os arquitetos paraibanos nesta momento histórico.
Num primeiro momento será realizada uma eleição para os conselheiros estaduais e federal do CAU local e em seguida os conselheiros federais elegerão a diretoria do CAU-BR.

É consenso que os CAU's mantenham uma estreita e cordial relação com os CREA's por agregarem profissionais da mesma cadeia produtiva e possuirem diversos interesses em comum., além de laços históricos. No âmbito local, a presidente do IAB-PB, Cristina Evelise foi enfática ao destacar a relação amistosa existente com o CREA-PB e em especial com o atual presidente Paulo Laércio.

Num segundo momento o debate se voltou a continuidade da elaboração de uma tabela de honorários local. A metodologia de trabalho adotada consistiu, num primeiro momento, em definir os parâmetros de cobrança de honorários para projetos de arquitetura e projetos de interiores e a partir das respectivas sua formatações defiir os parâmetros para a cobrança dos demais projetos como paisagismo, desenho urbano, etc.
Os cerca de 30 arquitetos presentes foram divididos em dois grupos com um coordenador para mediar a discussão e um relator para registrar as deliberações.

A próxima reunião deverá ocorrer no CREA-PB às 19h nas quintas feiras, dias 20 e 27 do corrente mês e uma reunião de fechamento da tabela específica na segunda, 31. A adesão de um maior número possível de arquitetos conferirá máxima legitimidade ao debate e a aplicabilidade da tabela.

OBS: Para maiores detalhes sobre a lei que regulamenta o CAU recomendo a leitura do texto publicado no Diário Oficial de União em: http://www.iabsp.org.br/publicacao_cau_diario_oficial.pdf .


domingo, 16 de janeiro de 2011

Entidades da PB esclarecem sobre o CAU

CONVOCAÇÃO Nº 001/2011/IAB-PB
 
Convocamos a todos os Arquitetos e Urbanistas do Estado da Paraíba para participarem de reunião, promovida pelo IAB-PB juntamente com o SINDARQ-PB, com o apoio da Câmara Especializada de Arquitetura do CREA-PB, com vistas a discutir a criação de uma Tabela de Referência de Honorários para Contratação de Serviços de Arquitetura e Urbanismo, comparecendo na próxima segunda-feira, dia 17/01/2011, às 19h, no Auditório do CREA-PB (Av. Dom Pedro I, nº 89 - Centro, João Pessoa/PB).
 
Na ocasião serão também prestados esclarecimentos sobre a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU (Lei 12.378/2010 de 31/12/2010).
 
João Pessoa, 13 de janeiro de 2011.
 
Arqª. Cristina Evelise
Presidente do IAB-PB

Maiores informações
Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento da Paraíba

Largo São Frei Pedro Gonçalves, nº 02 - Varadouro
CEP: 58.010-595     João Pessoa - PB
Tel.: (83) 3222.1975

sábado, 15 de janeiro de 2011

Confea manifesta-se sobre o processo de transição do CAU

Brasília, 12 de janeiro de 2011
 
O presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, recebeu nesta quarta-feira, dia 12, em Brasília, representantes das entidades de Arquitetura, que externaram a posição das organizações frente à criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, cuja lei, 12.378, foi publicada no dia 31 e dezembro, no Diário Oficial da União.


Muitas dúvidas existem sobre a aplicação da lei, dentre as quais a forma de organização do novo conselho profissional, a convocação de eleições, a formação dos plenários regionais, a participação na Mútua, os conflitos de atribuições profissionais, dentre outros.

O presidente Marcos Túlio ressaltou sua preocupação com a indefinição sobre a fiscalização da arquitetura no período de transição, até a formação do novo conselho, já que 90% os recursos correspondentes à arrecadação da categoria profissional deverão ser depositados pelos Creas em conta específica, para num primeiro momento, custear o processo eleitoral e posteriormente, se houver remanescente, para a instalação do conselho. Marcos Túlio deixou clara a posição institucional do Confea, de manutenção do sistema multiprofissional, conforme decisão do Congresso Nacional de Profissionais e do Plenário do Confea. Segundo ele, a atividade produtiva dos engenheiros e arquitetos e é integrada e essa divisão prejudicará a todos. “Mas vamos trabalhar com a nova realidade, de forma tranquila, dando uma condução serena que o caso requer”, declarou.

O entendimento do presidente a Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura (Asbea), Ronaldo Resende é que nada muda por enquanto, os profissionais de arquitetura e urbanismo continuam jurisdicionados pelo Confea/Crea, até a instalação formal do CAU – BR e seus regionais. Mesma opinião foi compartilhada por Gilson Paranhos, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil.

Segundo o conselheiro federal e vice-presidente do Confea, arquiteto e urbanista José Geraldine Júnior, o interesse das entidades é colaborar com as Câmaras Técnicas de Arquitetura dos Creas na condução do processo.
Participaram também da reunião José Antônio Lanchotti, presidente da Associação Brasielria de Ensino de Arquitetura, Saide Kahtouni,  presidente da Abap,  Eduardo Bimbi, diretor da Federação Nacional dos Arquitetos e o presidente da Mútua, José Wellinton Costa.

Assessoria de Comunicação do Confea
Fonte: www.confea.org.br

Concurso de idéias

Comunidade online lança concurso de ideias para moradias populares
Além de prêmio de dez mil dólares, projetos vencedores serão apresentados nos Estados Unidos
Mauricio Lima



O programa Changemakers da Ashoka, comunidade online que busca melhorias sociais através do compartilhamento de ideias, lançou o concurso "Moradia ideal: colaboração para cidades mais inclusivas e sustentáveis". O objetivo do concurso é identificar modelos pioneiros e sustentáveis de construção, uso da terra, planejamento de comunidades, finaciamento criativo de moradias, reforma, eficiência energética para o design de moradias, envolvimento da comunidade, influência em políticas públicas, etc.
Segundo a organização do programa, "estão convidados a participar todas aquelas soluções de moradia que demonstrem inovação, sustentabilidade, impacto social e que atuam com promoção de direitos, novas tecnologias, financiamento, transporte, crédito, normas de acessibilidade, saúde, qualidade ambiental e segurança dos cidadãos".
Para se inscrever, os interessados devem acessar o site do concurso, preencher o formulário online e enviar seu projeto até o dia 11 de fevereiro. No dia 23 de março, serão apresentados até 15 finalistas, sujeitos à votação do público. Os três mais votados receberão US$ 10 mil cada e terão seus trabalhos apresentados em um evento no National Building Museum em Washington, nos Estados Unidos, que irá acontecer no mês de julho.
Interessados em comentar os projetos já inscritos podem acessar o site do concurso e fazer suas críticas.





Fontes:
http://www.piniweb.com.br/
http://www.changemakers.com/en-us/sustainableurbanhousing

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CREA-PB - Anuidade 2011

NOTA


Considerando a sanção da Lei Nº 12.378 que regulamenta o exercício da profissão de arquiteto e urbanista e cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados - CAUs em 31/12/10; considerando o CONFEA se encontrar em recesso até o dia 17/01/11, o CREA-PB reunido com sua estrutura auxiliar, com o objetivo de disciplinar o assunto na adoção de ações imediatas, resolveu suspender a expedição dos boletos relativos às anuidades dos arquitetos para 2011.

Face à manifestação do CONFEA em 05/01/11, à luz da legislação, informamos que os CREAs procederão às cobranças dos valores relativos às anuidades, anotações de responsabilidade técnica e multas de pessoas físicas e jurídicas de arquitetos para o ano 2011. Portanto, COMUNICAMOS aos profissionais arquitetos e empresas de arquitetura que receberam o boleto da anuidade 2011, para efetuarem o devido pagamento.


À Diretoria
Ascom/Crea-PB

Fonte: http://creapb1.helpdeskintegrativa.com.br/noticias.jsp?id=1273

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Reflexão para o Ano Novo

"Ser feliz ou ter razão?"



Oito da noite, numa avenida movimentada.
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.
O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair.
Ele conduz o carro.
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita.
Discutem. percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber:
- Se tinha tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devia ter insistido um pouco mais...
E ela diz:
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!


Moral da história:

Esse fato foi contado por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no trabalho.
Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.
Diante disso me pergunto:
'Quero ser feliz ou ter razão?'

E lembrei de um outro pensamento parecido, diz o seguinte:
“Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."

1ª Nota das entidades Nacionais sobre o CAU

As entidades nacionais dos arquitetos: ABAP, ABEA, AsBEA, FNA e IAB, tendo em vista a Lei 12.378/2010 de 31/12/2010 que cria o CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo – e, considerando a necessidade de informar e orientar a todos, vem a público esclarecer o que segue:

A Lei Federal n. 12.378/2010 que cria o CAU e regulamenta o exercício da profissão de arquiteto e urbanista, foi publicada do Diário Oficial da União no dia 31 de dezembro de 2010;

À exceção dos artigos 56 e 57 que tratam de três ações fundamentais: a transição do CREA para o CAU; o processo eleitoral e a definição da receita a ser repassada ao CAU, os demais entram em vigor quando o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil estiver estruturado;

Ao longo de 2011, os arquitetos e urbanistas inscritos nos diversos CREAs de todo país, continuarão sujeitos às normas do CREA vigentes até a instalação do CAU de seus respectivos Estados. Estando, portanto o profissional submetido às normas do CREA para a fiscalização e registro do exercício profissional;

De acordo com a que regulamenta o CAU (supracitada), cabe às Câmaras de Arquitetura, juntamente com as cinco entidades acima mencionadas, o gerenciamento de todo o processo de transição e de eleição.

Por fim, manifestamos aos profissionais e às entidades do SISTEMA CONFEA CREA, que os arquitetos farão o melhor possível para esta transição, reconhecendo a importância de todos para que o processo seja eficiente e que aconteça de forma rápida e segura, atendendo aos interesses da sociedade.

Informamos a todos que o site do CAU, www.cau.org.br, será atualizado constantemente com novidades a respeito do processo de criação do conselho.



Brasília, 3 de janeiro de 2011

Saide Kahtouni Presidente ABAP
José Antônio Lanchotti Presidente ABEA
Ronaldo Rezende Presidente AsBEA
Jefferson Salazar Presidente FNA
Gilson Paranhos Presidente IAB-DN

Fonte: http://www.cau.org.br/noticias.php?cod=28

domingo, 9 de janeiro de 2011

Não pague o primeiro boleto do CREA-PB

Acabei de receber uma mensagem via SMS da Presidente do Insttituto de Arquitetos do Brasil, Departamento da Paraíba - IAB-PB, Cristina Evelise, solicitando que informassemos aos arquitetos paraibanos para não pagarem o primeiro boleto da anuidade enviado pelo CREA-PB. Segundo Evelise o CREA-PB enviará em breve um segundo boleto cuja arrecadação será destinada a conta do CAU, recentemente sancionado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.


Para maiores informações entrar em contato com o IAB-PB:
Telefone: (83) 3222-1975

Fax: (83) 3222-1975
Endereço: Praça São Frei Pedro Gonçalves, 02, Varadouro
Cidade: João Pessoa - PB
Cep: 58.010-590

domingo, 2 de janeiro de 2011

DE VOLTA AO FUTURO

FAUPE, DE VOLTA AO FUTURO
(Um sonho interrompido)
Jornalista José Wolf


Recife/dezembro 2010

Em meados de agosto de 2010, começavam a fervilhar os rumores sobre o possível fechamento da FAUPE. Fato confirmado logo depois, ao ser anunciada a sua venda e incorporação a uma holding de microescolas comandada pelo grupo Maurício de Nassau.

Com isso, chegava ao fim um sonho que marcou corações e mentes de várias gerações de jovens arquitetos pernambucanos.


Meninos e meninas, eu vi!



Era 1987, em pleno período da democratização do país, depois de longos anos de ditadura militar, quando chega a notícia que haveria de revolucionar o meio escolástico. Ou seja: a criação de uma nova escola de Arquitetura, na cidade do Recife, até então dominada pela tradicional Universidade Federal de Pernambuco.

A notícia caiu como uma bomba junto a certos círculos acadêmicos, cujos representantes se julgavam donos de uma capitania hereditária do Ensino de Arquitetura.

A notícia, por outro lado, coincidia com o surgimento, em São Paulo, da revista AU- Arquitetura e Urbanismo.

Tanto a nova Faculdade, reconhecida alguns anos depois pelo MEC, quanto a nova publicação tinham um ideal comum: a renovação conceitual e critica em relação à produção e reflexão sobre a prática e a cultura arquitetônicas.

A princípio, a nova Faculdade, sob o comando do historiador Armando Souto Maior e a coordenação da guerreira Vitória Régia Andrade, apostou suas fichas num ensino fecundado pela visão crítica da história da Arquitetura. Mais tarde, sob a coordenação do professor Maurício Rocha, a ênfase foi preparar o futuro profissional para enfrentar, com competência, o mercado cada vez mais competitivo. Segundo alguns, esse foi o grande diferencial da nova escola particular em relação à Federal. Uma se preocupava com o exercício profissional, a outra com o viés acadêmico voltado para a pesq uisa, cursos de especialização e mestrado.

Enquanto isso, a AU idealizada pelo empresário Sérgio Pini, pai do arquiteto Mario Sérgio Pini, seu principal fundador e diretor, apostava na inovação editorial, em termos de linguagem jornalística, diagramação e enfoques temáticos, além da análise crítica da produção arquitetônica brasileira contemporânea.
- Meninos… eu vi!
Eu me lembro que hospedado na Pousada Quatro Cantos, em Olinda, fui procurado por um grupo de alunos (a dinâmica Tereza Simis, a eficiente Vera Menelau, a astral Betânia Sampaio, o competente Fernando Medeiros, o franciscano Luiz Augusto e a sensível Melânia Forest), que me convidou, na condição então de editor da revista AU (ao lado das jornalistas Haifa Y. Sabbag, Lívia Pedreira e Éride Moura) para participar do I Ciclo de Debates sobre Regionalismo Crítico promovido pela FAUPE.
Suco de pitanga ou coca-cola?
A indagação do jovem Buga (Geraldo Marinho) sintetizava a linha reflexiva dos debates. Ou seja: qual a opção? Arquitetura Vernacular ou Arquitetura Internacional, sem identidade e cor local?



Os debates contaram com a presença expressiva de profissionais, entre os quais Assis Reis (BA), Marco Antonio Borsoi e Carlos Fernando Pontual (PE), Mauro Neves (RJ), Mario Aloísio e Ovídio Pascual (AL), além do irreverente e polêmico Expedito de Arruda (PB). Provocador, Expedito projetou, de propósito, o slide de um de seus projetos, de cabeça para baixo, em meio ao espanto da platéia. Ele reagiu, argumentando: – jovens, quem disse que existe apenas uma forma de se ver as coisas?

 
Com certeza, uma bela metáfora, que traduzia toda a filosofia da instigante escola. Filosofia alimentada pela competência e idealismo de seu corpo docente. Que tinha, entre seus professores, arquitetos do quilate e QI de um Antônio Amaral, Carmen Mayrink, Marco Antônio Borsoi, Milton Botler, Noé Sergio, Roberto Montezuma, Vera Pires e Zeca Brandão. Aliás, numa experiência pioneira, muitos alunos, depois de formados, foram incorporados, também, ao elenco de professores.



- Para Luiz Augusto, a Faupe significou – uma mãe. Pois eu nasci dela. Que me ensinou os primeiros passos do meu caminhar.

- Faupe? A meu ver, foi uma espécie de Bauhaus pernambucana, em busca de um novo pensamento e olhar arquitetônico, diz Melânia Forest.
- Eu já havia me formado em bioquímica, mas depois de voltar de Israel, onde vivi mais de três anos, decidi ingressar na Faupe, com um único objetivo: conhecer melhor a história da Arte, que me fascinava, mas acabei sendo arrebatada pela Arquitetura, revela a arquiteta e arqueóloga Tereza Simis.
- Para a escultora, artista plástica Lígia Costa, a faupe fortaleceu minha maneira de ver, sentir e descobrir outros ângulos da arte.
O sonho, enfim, foi interrompido, mas sua história continua a iluminar os caminhos e trilhas de muitos arquitetos que atuam hoje em escritórios de Arquitetura, autarquias ou órgãos públicos, como a Chesf ou a Petrobrás.
Em síntese, uma história e uma experiência exemplar de Ensino – sem dúvida, uma das mais bonitas do século XX e da primeira década do século XXI – que nem o tempo nem ninguém conseguirão apagar.